Licenciatura em Teatro
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Explicações sobre a não-realização da atividade prática
Esses encontros acabaram não acontecendo da forma prevista, com alguns desencontros pelo caminho e, em determinado momento, optamos por Fernanda e eu, lembrando das conversas que aconteceram em grupo, realizarmos a escrita do Plano de Aula. Este Plano foi enviado à Janifer por email. Fiquei muito feliz com nosso desenvolvimento de Plano de Aula, construímos uma aula ativa, diferente, divertida e que trabalha os conceitos escolhidos de uma forma prática e atrativa. Fernanda se disponibilizou a procurar uma escola para a realização da atividade. Foi quando esbarramos no nosso primeiro entrave. A escola não aceitou os papeis de autorização para a atividade. Fizemos contato, novamente por email, e Janifer se disponibilizou a entrar em contato com outra escola. Ficamos aguardando novamente.
A primeira notícia, quase uma semana depois, foi que a escola, direção e professores, haviam aceitado a atividade e que seria marcada a visita para a outra semana. Continuamos aguardando, mas o contato não veio.
Mandei alguns emails, respondidos pela Fernanda, que também aguardava notícias, perguntando sobre a realização da atividade, mas não obtivemos resposta. No último final de semana, recebemos a resposta de Janifer dizendo que ela estava encontrando dificuldades na aceitação do papel, que a escola só aceitaria documentos que seriam referentes à realização de Estágio e que, como não era o caso, ela teria que ir até o DECORDI, saber sobre a possibilidade de obter outro tipo de autorização.
Hoje, durante a aula da professora Nádie, me encontrava apreensiva, já que nenhuma das minhas colegas de grupo estava em aula. Quando Janifer chegou, me explicou que estava na escola e que, novamente, tinham dito a mesma coisa para ela e que a atividade não poderia ser realizada.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Sei que a utilização de instrumentos modernos e tecnológicos no processo de ensino – aprendizagem é extremamente válido. Mas percebo que, nem sempre, esse uso se dá da maneira mais proveitosa. Há uma preocupação por parte dos professores e das escolas em se mostrarem “ligados” nas novas formas de conexão. Isso acaba fazendo com que a ferramenta deixe de ser uma ferramenta e se torne quase que o centro da aula. A matéria e a experiência perdem espaço para a montagem do “circo tecnológico”, onde um computador demora mais tempo para ser ligado do que o tempo destinado à reflexão do aluno sobre aquilo que a ferramenta deveria apontar.
Pensando assim resolvi trabalhar com o mesmo objeto trabalho pela professora Nádie Christina F. Machado e relatado no texto “O chamado à vida: um objeto de aprendizagem baseado no conceito de sombra jungiano” : o quadro A VOCAÇÃO DE MATEUS, de Caravaggio. Mas a minha área é teatro e o teatro não trabalha à distância. Assim, proponho que os alunos levantem da frente de seus computadores, se juntem, se mexam, conversem, discutam e experienciem, pois, segundo Byington, “O que realmente se fixa na memória é o que se vive, e o que se vive precisa de emoção.”
Pois bem, como trabalhar, utilizando ferramentas motivadoras e atraentes, o conceito de sombra proposto? Em um trabalho de iluminação. Utilizando spots diversos, mesa de luz, lanternas e velas e fazendo com que eles criem seus próprios jogos de luz e sombra e, através disso, criem climas, ambientes e sensações. Criem luzes e sombras significativas, que expressem o que está sendo mostrado e o que está sendo escondido nas suas imagens. Que realizem a análise de cada componente da imagem. Que procurem outras formas de expor, que não seja a pintura. Fornecendo links sim (compartilhamento de vídeos, imagens, músicas e sons que poderia muito bem ser feito através da internet, através de blogs de criação de personagens, de criação de cenas). Mas o mais importante é que tais links, tais ferramentas seriam apenas ferramentas e não respostas. Ferramentas que possibilitem aos alunos suas próprias criações, conexões e aprendizagens.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Plano de aula (Ariane, Fernanda e Janifer):
Nesta atividade serão trabalhadas as disciplinas de Teatro e Sociologia e os alunos deverão trabalhar conceitos básicos ensinados pelas duas disciplinas, tais como: a relação individuo sociedade, a capacidade de compreensão e interação em grupo.
Atividades propostas:
Caminhada pelo espaço com bolinhas: Pede-se que os alunos caminhem pelo espaço de forma aleatória, procurando preencher os espaços vazios e cuidando para não esbarrar nos colegas. Depois de se estabelecer uma caminhada harmonica, joga-se uma bolinha, que deve ser jogada até que atinja o número 20, sem que os alunos a deixem cair. Esta atividade é considerada satisfatória quando o grupo atinge o número exigido sem que a bolinha caia no chão
Jogo da “Abelha-Rainha” ou Jogo da Ambulância: serão distribuídos números entre os alunos de forma que cada aluno possua um número e cada número seja dado a 2 alunos (por exemplo, dois alunos com número 1, dois alunos com número 2, dois alunos com número 3, sucessivamente). Os alunos deverão manter segredo sobre o seu número. Deverá ser iniciada uma caminhada pelo espaço até que o condutor da atividade (professor) diga um dos números. Então os dois alunos correspondentes ao número sorteado devem “desmaiar”/cair no chão. O objetivo do grupo é segurar os colegas, não deixando-os cair. O ritmo da atividade pode aumentar de acordo com o andamento da atividade.
Telefone sem-fio: Os alunos se disponibilizam em roda, e um dos integrantes passa para o outro uma frase ou palavra. O colega que recebeu, repassa para o seguinte e assim por diante. O objetivo do jogo é que ao chegar no último aluno a palavra ou frase tenha sido minimamente modificada.
Feedback dos alunos: Será pedido aos alunos que façam uma avaliação rápida da aula e que associem os exercícios ao objetivo inicial de analise das relações humanas
terça-feira, 25 de outubro de 2011
PAI, QUANTO É QUE TU SABES?
Filha: Pai, quanto é que tu sabes?
Pai: Eu? Hum! Tenho cerca de uma libra de conhecimento.
Filha: Não sejas assim. É uma libra em dinheiro ou uma libra em peso? O que eu
quero é saber quanto é que tu sabes?
Pai: Bem, o meu cérebro pesa cerca de duas libras e suponho que só uso uma quarta
parte dele, ou que o uso com cerca de um quarto de eficiência. Portanto, digamos,
meia libra.
Filha: Mas tu sabes mais do que o pai do João? Sabes mais do que eu?
Pai: Hum! Conheci uma vez na Inglaterra um rapazinho que perguntou ao pai: “Os
pais sabem sempre mais que os filhos?” e o pai respondeu: “Sim”. A pergunta
seguinte foi: “Pai, quem inventou a máquina a vapor?”, e o pai disse: “James
Watt”.Então o filho respondeu: “Mas então por que é que não foi o pai dele que a
inventou?”
Filha: Isso já eu sabia. Sei mais que esse rapaz porque sei porque é que o pai de
James Watt não inventou a máquina a vapor. Foi porque outras pessoas tiveram de
pensar noutras coisas antes que alguém pudesse fazer uma máquina a vapor. Quero
dizer que qualquer coisa como... não sei... mas teve de haver outra pessoa que
descobrisse o óleo antes que alguém pudesse fazer um motor.
Pai: Sim, isso estabelece a diferença. Quero dizer que isso significa que todo
conhecimento está como se fosse um tricô, uma malha, como se fosse um tecido, e
que cada peça do conhecimento só faz sentido ou é útil por causa das outras peças
e...
Filha: Achas que o devias medir a metro?
Pai: Não, não acho.
Filha: Mas é assim que se compram os tecidos.
Pai: Sim, mas eu não disse que era tecido. É só parecido, e certamente não é plano
como o tecido, mas em três dimensões, talvez quatro.
(...) O que nós temos que pensar é como é que as peças do conhecimento estão
entrelaçadas umas nas outras. Como é que elas se ajustam umas às outras.
Filha: (...) Pai, já alguém mediu alguma vez quanto é que qualquer outra pessoa
sabia?
Pai: Oh, sim. Muitas vezes. Mas não sei exatamente o que é que esses resultados
querem dizer. Eles fazem isso com exames e testes e questionários, mas é como tentar
saber o tamanho duma folha de papel atirando-lhe pedras.
Filha: O que é que queres dizer?
Pai: Quero dizer que, se atirares pedras a duas folhas de papel à mesma distância e
acertares mais vezes numa que na outra, provavelmente aquela em que acertaste
mais vezes é maior que a outra. Da mesma maneira, num exame atiras uma série de
perguntas aos alunos e, se acertares em mais pedaços de conhecimento num aluno do
que nos outros, então pensas que esse aluno deve saber mais. É essa a idéia.
Filha: Mas podia medir-se uma folha de papel dessa maneira?
Pai: Claro que se podia. Até seria uma boa maneira. Medimos uma série de coisas
desse modo.
Filha; (...) Mas então, porque é que não podemos medir o conhecimento dessa
maneira?
Pai: Como? Por questionários? Não. Que Deus Nosso Senhor nos proíba. O
problema é que esse tipo de medida deixa de fora o teu ponto: que há tipos diferentes
de conhecimento e que há conhecimento acerca do conhecimento.
(BATESON, Gregory. Metadialogos. Trajectos. Lisboa: Gradiva, 2 ed, 1989, p.37-45)É assim que penso na educação e é isso que quero proporcionar aos alunos com quem iremos (Fernanda, Janifer e eu) trabalhar. Construção de conhecimento como uma rede. Rede esta que tecemos juntos, alunos, colegas e eu, com as experiências e as descobertas que iremos viver juntos.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
_Por que desejo ser professora? Como quero ser? O que quero evitar fazer como professora?
Respondo retomando perguntas presentes no texto História pessoal e política social em estudos curriculares, de Ivor Goodson: "Mas como o estilo de vida pessoal e a pedagogia interagem? Até que ponto a pessoa influencia o papel de professor?" E devo que responder que totalmente, espero. No trabalho com arte, nunca o lado pessoal é renegado. Em nenhum momento o indivíduo se esconde, por completo, atrás de outro papel. Mesmo no teatro, quando o ator (criador) interpreta é a sua visão sobre determinado personagem que ele expõe. E assim, na sala de aula, o trabalho do professor se baseia na busca do conhecimento e questionamento, por ele e pelos alunos, sobre as questões do mundo. As interpretações/conhecimentos/ construções devem ser buscadas, construídas, dialogadas, criticadas (sim, a crítica faz parte da formação... só depende da sua forma), reformadas, enfim...com a ajuda/direção/atuação do professor.